A culpa é um sentimento obtido pelo sujeito após uma reavaliação de um comportamento passado e tido como reprovável pelo próprio, e que causa grandes sofrimentos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde apenas 1% da população mundial não sente culpa. Mas, infelizmente, este 1% diz respeito aos nossos irmãos sociopatas.
Claro que esse sentimento é variável e subjetivo, muitas vezes nos sentimos responsáveis por culpas que não são nossas, exemplo: algumas pessoas sentem culpas de algo que fizeram ou que foram imputados a elas durante a infância. Assumirmos a responsabilidade dos nossos atos depende da compreensão que possuímos quando este foi praticado.
Por vivermos em sociedade, onde o remorso é um dos sentimentos que servem para garantir o respeito às regras sociais e morais, incorporamos esse processo comportamental de tal forma que nos sentimos responsáveis pela felicidade daqueles que nos cercam.
Deus, nosso Pai, nos deu através do livre-arbítrio a liberdade e a inteligência para distinguirmos o certo e o errado e esta faculdade nos dá a oportunidade de regularmos as nossas ações.
Uma pessoa fragilizada pela culpa não tem forças para amar a si mesma, como conseguirá amor ao seu próximo? E não conseguindo, sente-se culpada. Oras, só podemos salvar alguém que está se afogando se soubermos nadar, caso contrário vamos os dois morrer afogados. E, provavelmente, quem não conseguiu salvar e que não tinha outros meios para ajudar àquele que estava se afogando, possivelmente vai sentir culpa, mesmo por uma situação que não conseguiria resolver sozinho.
Joanna de Ângelis no livro Conflitos Existenciais, diz:
Que há uma culpa saudável! E que esse sentimento deve ser encarado com responsabilidade. Por que todos nós cometemos erros e alguns até graves.
E que o antídoto para a culpa é o auto perdão, e que a paz e a culpa podem conviver juntas, que ajuda no exercício da compreensão da própria fraqueza.
E principalmente que a coragem de pedir perdão e a capacidade de perdoar são dois mecanismos terapêuticos libertadores da culpa.
Muita Paz a todos!
4 comentários
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Janeiro 24, 2011 às 2:35 am
José Antonio Silva Lima
E o que é certo ou errado…. no que diz respeito ao “ser humano”? Nos tempos atuais, quase tudo é relativo. Eu diria até “perigoso”…. Será certo ou errado dizer (com palavras) – que se ama uma pessoa; quando na realidade é o “corpo” (gestos e/ou expressões corporais) – juntamente com as “ações” que, demonstram o que verdadeiramente sentimos pela pessoa “amada”. Eu acho que tudo o que nós “seres humanos” fazemos no dia-a-dia é: “errar o menos possível “, criando assim uma “barreira” contra “a culpa” e abrindo as portas para a felicidade uma vez que, se diz que “ela” é contagiante.
Janeiro 24, 2011 às 11:46 am
Ilza Maria
Concordo com você, Mas as palavras e atitudes estão bastante ligadas as nossas demonstrações de afetos. Uma completa a outra. E quanto a culpa, uma maneira que podemos tentar diminuir é o um dos ensinamentos de Jesus quando ele nos disse;
¨Não devemos fazer ao nosso próximo aquilo que não gostaríamos que nos fizessem¨
Janeiro 24, 2011 às 1:13 pm
Ana Carolina
Para o filósofo Kant, a felicidade não pode ser o objetivo da ação moral, ou seja, não se deve agir moralmente para alcançar a própria felicidade, mas sim porque é um dever de todo ser racional agir moralmente. Entretanto, o próprio Kant disse que agir em prol da felicidade alheia é um ato de caridade, de benevolência e é também um ato moral. Promover a felicidade do outro é praticamente um dever para a ética kantiana. Aí eu penso, até que ponto isso não pode ser perigoso? Agir em prol da felicidade alheia, tornar-se um tanto responsável pela felicidade do outro… Sinceramente, acho um tanto perigoso! Realmente, todo esse processo pode nos causar culpas… Por isso que defendo que a felicidade é totalmente subjetiva e que cada um é quem deve buscar a sua própria…
Mamãe, seu blog está muito bom!
Beijos
Janeiro 24, 2011 às 7:39 pm
Ilza Maria
Obrigada querida.